terça-feira, 5 de julho de 2011

PARALISIA FACIAL


Definição: A paralisia facial idiopática (sem causa definida) é a paralisia unilateral dos músculos da expressão facial, como resultado de lesão ou doença do nervo facial (VII).

A enervação motora dos músculos da expressão facial é a principal função do nervo facial, logo o principal sintoma da lesão deste nervo é a paralisia destes músculos. A face é um grande meio de comunicação não verbal e é através dela que transmitimos as nossas emoções, sendo assim, um indivíduo portador desta patologia, terá uma enorme dificuldade em transmitir as suas emoções para o mundo exterior, tornando-o ansioso e inseguro. 

Primeiramente, é importante diferenciar a paralisia facial periférica de uma paralisia facial central causada por acidente vascular cerebral. Para isso, você deve procurar um médico o mais rápido possível e iniciar o tratamento indicado imediatamente. 

O nervo facial é como um "fio" que sai do cérebro e entra no ouvido juntamente com o nervo da audição e do equilíbrio. Ele atravessa o ouvido passando dentro de um canal ósseo, muito próximo de estruturas como os ossinhos do ouvido, do labirinto e do tímpano. Depois disso ele sai no pescoço e se ramifica na face passando dentro da glândula salivar chamada parótida. Ramos dele inervam a glândula lacrimal e a língua. Além da paralisia da face, que prejudica o fechamento do olho, o movimento da boca e o enrugamento da testa, a pessoa poderá apresentar secura nos olhos e na boca e alterações no paladar.

Causas: A paralisia facial periférica pode estar associada a diversas causas, entre elas: traumas, infecções, neoplasias, metabólicas, congênitas, vascular, tóxica e idiopática.

Traumas: Acidentes com introdução de objetos perfurantes na face, traumas cirúrgicos, etc. 

Infecções: Meningite - com comprometimento da bainha do nervo craniano, as reações inflamatórias ou exsudativas causam paralisia facial.

Otite - ocorre compressão, inflamação ou mesmo destruição do nervo facial, pois a otite pode se apresentar desde uma leve supuração até a necrose dos ossos.

Herpes Zoster: ocorre por um processo inflamatório agudo em gânglios sensitivos. O vírus atinge por um processo desconhecido, nervos do mesmo lado do corpo. Ocorre o aparecimento de vesículas, dores, diminuição da sensibilidade e por fim a paralisia do nervo.

Congênitas: Não desenvolvimento dos núcleos celulares que dariam origem às fibras do nervo facial.

Vascular: Bloqueio na circulação arterial que nutre o nervo pode causar a paralisia facial.

Idiopática: causa desconhecida ( muito comum)

www.paralisiafacial.com
Sinais e sintomas: A instalação dos sintomas desta patologia é repentina, geralmente noturna e precedida de dores no nível da região cervical. Alguns dos sintomas iniciais, e mais freqüentes da Paralisia Facial incluem a sensação de dormência ou fraqueza, sensação de pressão ou edema da hemiface afetada, alterações no paladar; intolerância a barulhos, olho ressecado e/ou com dores em torno do mesmo, assim como no ouvido do lado afetado.
Quando a parte afetada é a região superior da face, o indivíduo, provavelmente apresentará dificuldade em fechar o olho do lado afetado. Se a Paralisia Facial for Unilateral, raramente interfere na produção de Saliva ou no Paladar.

Sintomas possíveis: Um lado de toda a face pode estar afetado, o canto da boca pode ficar caído; ptose (queda) palpebral, possível impossibilidade de fechar o olho, lábios, falar, e também mastigar, entre outros. 

Diagnóstico: O diagnóstico da paralisia facial periférica é clínico, ou seja, é realizado através do exame físico. O paciente apresenta paralisia dos músculos do rosto de um ou dos dois lados, podendo variar o quanto são acometidos.

Já para descobrir a causa e o quanto o nervo facial foi acometido, são necessários diversos exames (exames de sangue, audiometria, Tomografia Computadorizada e/ou Ressonância Magnética, eletroneuromiografia, entre outros).

Tratamento: Pode variar entre medicamentoso (antibióticos e/ou antivirais), cirúrgico ou através de reabilitação (fonoterapia, fisioterapia, acupuntura, etc.) O tratamento vai depender do tempo, da causa, do grau de acometimento e do tipo de paralisia facial.

O tratamento medicamentoso esta indicado para quase todos os pacientes que procuram o médico até o décimo dia de instalação da paralisia facial periférica.

Já o tratamento cirúrgico está indicado para alguns pacientes selecionados como: pacientes com grau de paralisia avançado que não melhoram ou até mesmo pioram durante as três primeiras semanas, tumores de osso temporal, traumas, paralisia recorrente entre outros.


Visão Oriental (inclui termos relacionados à MTC)

Na Medicina Chinesa a paralisia facial com desvio da boca ou do olho está associada com invasão dos canais da face pelo Vento Frio, levando à Estagnação de Qi e de Xue, resultando em nutrição insuficiente dos músculos. A invasão inicial por Vento Frio pode ser facilitada pela Deficiência prévia de Qi e Xue.  
   
O tratamento é baseado principalmente no uso de pontos locais no lado afetado, utilizando em algumas vezes moxa, associado a pontos distais e/ou auriculoterapia. Os pontos locais devem ser escolhidos de acordo com a área afetada pela paralisia. 

Quanto mais cedo for realizado o tratamento, maior a chance da paralisia facial voltar ao normal

Dúvidas? Clique aqui.


Bibliografia :
Disciplina de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Paralisia Facial. São Paulo, 2011. Disponível em http://www.paralisiafacial.org.br.
Tudo sobre paralisia facial. Disponível em http://www.paralisiafacial.com/paralisia-facial-etiologia.html
ROSS, Jeremy. Combinações dos pontos de acupuntura: A chave para o êxito clínico. São Paulo: Roca, 2003. 

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